Há muitos anos, meu jardim tinha uma cerca viva, bastante
verdejante, mas que pouco protegia. O cachorro de um vizinho gostava de visitar meu jardim e, visto que ele nunca cultivou minhas flores, jamais lhe ofereci boas-vindas cordiais.
Andando quieto por ali, certo fim de tarde, vi-o fazendo algum dano. Joguei nele uma vara e o aconselhei a volta para casa; mas como a boa criatura me respondeu? Virou-se em minha direção, abanou o rabo e, da maneira mais brincalhona, pegou a vara, trouxe a a mim, e a colocou a meus pés. Eu bati nele? Não, não sou monstro. Teria me envergonhado se não lhe tivesse afagado o dorso e o convidado a voltar a meu jardim sempre que quisesse. Ele e eu passamos imediatamente a ser amigos porque, como
vocês percebem, ele confiou em mim e me conquistou. Ora, por mais singela que seja essa história, é exatamente essa a filosofia da fé singela em Cristo da parte do pecador.
Como o cachorro conquistou o homem ao confiar nele, também o miserável pecador conquista, com o efeito, o próprio Senhor ao confiar nele e dizer: "Senhor, sou um miserável cachorro de pecador, e poderás me expulsar, mas creio que tu és bondoso
demais para isso. Creio que podes me salvar e eis que me confio às tuas mãos. Quer eu seja perdido ou salvo, confio minha pessoa a ti". Ah, amado, você não permanecerá perdido se assim confiar. Quem confia em Jesus já deu a resposta à pergunta: "Você crê
que eu sou capaz de fazer isso?", e nada mais lhe falta senão seguir pelo caminho, regozijando-se, porque o Senhor lhe abriu os olhos e o salvou.
fonte:Livro:os milagres de Jesus-C.H.Spurgeon
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