Charles Haddon Spurgeon (1834-92), famoso pregador batista inglês, contou esta experiência pessoal. Foi chamado à casa de uma senhora de idade que estava confinada à cama. A desnutrição estava acabando com ela. Durante sua visita, Spurgeon notou um documento emoldurado pendurado na parede. Perguntou à mulher: “É seu?
Ela disse que sim, e explicou que tinha trabalhado como doméstica no lar de uma família inglesa. “Antes de a Condessa Fulana morrer, explicou a mulher, “ela me deu isto. Trabalhei para ela durante quase meio século. Tive tanto orgulho deste papel porque ela me deu. Mandei colocar numa moldura.
Ficou pendurado na parede desde a morte dela, já faz 10 anos”.
O Sr. Spurgeon perguntou: “A senhora me daria licença para levá-lo e mandar examiná-lo mais de perto?”
“Oh! sim”, disse a mulher, que nunca aprendera a ler, “é só cuidar para que eu o receba de volta”.
Spurgeon levou o documento às autoridades. Estas já o tinham procurado. Tratava-se de uma herança. A dama da nobreza inglesa legara à sua empregada uma casa e dinheiro.
Aquela mulher morava numa casinha de um só cômodo, feita de caixas de madeira, e estava morrendo de fome -mas tinha pendurado na parede um documento que a autorizava a receber todos os cuidados e a morar numa casa excelente. O dinheiro estava acumulando juros. Pertencia a ela. Spurgeon ajudou-a a obtê-lo, mas o dinheiro não fez tanto bem a ela quanto poderia ter feito mais cedo.
Acho que isto é um exemplo daquilo que tem acontecido a boa parte do mundo evangélico. Moramos numa favelinha desmoronada - espiritualmente falando - enquanto deixamos numa mesa de algum canto a Nova Aliança. Temos orgulho dela. Mas nunca nos demos ao trabalho de descobrir aquilo que, segundo ela diz, pertence a nós.
creditos: Livro O Nome de Jesus
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